Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas
de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas
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Cerca de 600 técnicos que instalam e reparam telefones fixos e públicos, TV, redes e internet da Operadora Oi estão em greve desde o dia 23 de novembro. As paralisações são localizadas, mas vem acontecendo nos municípios do Sul (em Cachoeiro de Itapemirim) no Norte (São Mateus, Linhares) e na Grande Vitória (Serra, Vitória e Cariacica) e já afetam o atendimento à população. Os trabalhadores reivindicam: • Reajustes salariais, no auxílio-alimentação e nos benefícios + retroativo à data-base (abril); • Reajuste no aluguel dos veículos agregados + auxílio motorista. A empresa não reajusta o valor do contrato há 2 anos, • pagamento dos pisos por função estabelecidos na Convenção Coletiva nacional das prestadoras de serviço, assinada em agosto, mas até hoje não cumprida pela Telemont • transparência no pagamento da Remuneração Variável (salário produção), • Respeito à escala de trabalho – Semana Espanhola, com folga um sábado sim, outro não; • Permitir a colocação de Insulfilme nos carros agregados • Pagamento de periculosidade para técnico de TV • Seguro total dos veículos agregados, pago pela empresa • pagamento de PPR A Telemont Engenharia de Telecomunicação é a prestadora de serviços, responsável por toda a rede externa da Oi e também pela mão de obra de todos os DGs (Distribuidores Gerais) da Operadora. Só na Grande Vitória são 17 DGs da rede desta Operadora. A greve desses profissionais já afeta o fornecimento dos serviços. Na manhã desta quarta-feira (29), os trabalhadores presentes na portaria da Telemont em Jardim Limoeiro, Serra, interromperam por várias vezes a Rodovia Norte Sul. O bloqueio é feito alternadamente de 20 em 20 minutos. O objetivo é mostrar a população que a Telemont não vem reajustando os salários e nem cumprindo as Convenções Coletivas de 2015 e 2016,assinadas com o Sinstal. O Sinttel-ES (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações) ingressou na Justiça com ações de cumprimento, mas a Telemont vem recorrendo e impondo um arrocho salarial, congelando os salários dos técnicos em R$ 950, muito abaixo do que ganha um Gari, por exemplo, que recebe R$ 1.320 na capital. A empresa já tentou todas as alternativas judiciais para barrar o movimento grevista, menos negociar com o Sindicato. Antes mesmo de a greve começar, no dia 18 de novembro, um dissídio de greve foi instaurado a pedido da Telemont. A empresa queria que a Justiça do Trabalho declarasse a greve abusiva e que multasse o Sinttel-ES em 100 mil reais por dia. Mas a justiça não deu a liminar, primeiro porque a greve nem tinha começado. Segundo, porque segue a Lei de Greve, com muito mais do que 30% do corpo de empregados trabalhando e o Sinttel publicou os avisos à população exigidos pela Lei. Para desmobilizar os trabalhadores, a empresa usa seus coordenadores e supervisores para mentir aos trabalhadores, dizendo pelas redes sociais que vai aplicar o reajuste de 10%, como reza a Convenção Coletiva. Hoje, os trabalhadores receberam a 1ª parcela do 13º salário sem o reajuste prometido. Por mês, os 600 técnicos, empregados explorados pela Telemont, executam em todo o Estado cerca de 30 mil reparos em Velox, Telefones fixos (LA), Públicos (TUP) e TV da Oi. E cerca de 10 mil instalações de Velox, LA, TUP e TV. A greve vem afetando a produtividade da empresa. Isso significa dizer que tem cliente não sendo atendido nos prazos normais. Apesar das paralisações estarem sendo realizadas de modo pontual, com 2 dias em Cachoeiro de Itapemirim, quando caiu um grande pé d'água, afetou a produção. No norte do Estado foram feitas paralisações em Linhares e São Mateus. Em Cariacica e Serra também a produção está atrasada. Aqui na Grande Vitória, a greve se concentra na Serra, na sede da empresa em Jardim Limoeiro. O grupo de técnicos se mantém unido e determinado, a espera que a empresa deixe a arrogância de lado e negocie com o Sinttel as muitas pendências. Trabalhadores prendem bandido em frente à Telemont Foi na parte da tarde de terça-feira, 28, quando os empregados do lado de fora dos portões da empresa viram que um homem tentou matar um trabalhador da empresa Salvador Engenharia. Ele foi esfaqueado na frente da Telemont, mas os técnicos conseguiram imobilizar o agressor até a chegada da PM. O trabalhador ferido foi socorrido pelo Samu.

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