Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas
de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas
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Inconformados com a derrota na votação do requerimento de urgência do ataque aos trabalhadores (PL 6787/2016), a base de apoio de Temer refez a votação ontem, 19. Essa foi uma manobra, ao estilo “Eduardo Cunha”, usada pelo governo para acelerar a aprovação do projeto que rasga a CLT.

 

O placar ficou em 287 deputados favoráveis e 144 contrários à urgência. Na terça-feira, 18, o resultado tinha sido 230 votos pela celeridade e 163 contrários e, para aprovar, seriam necessários pelo menos 257 votos a favor.

 

Da noite de terça-feira para quarta houve grande esforço e mobilização dos líderes governistas e do Palácio do Planalto para tentar ajustar as legendas “rebeldes” (como o PSB e PR) e alinhar a votação no próprio partido de Temer em que, de tão duvidoso teor do projeto, 8 deputados do PMDB votaram contra o requerimento na primeira sessão.

 

A oposição acusou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e a base aliada ao governo por patrocinar um golpe ao refazer a votação. Os deputados seguraram cartazes, durante a sessão, escritos “método Cunha, não!”, em referência à prática do ex-presidente da Câmara (atualmente preso) de agilizar votações e reverter resultados contrários aos seus interesses.

 

Após esse ardiloso desfecho de ontem, a Câmara pode levar o desmonte da CLT para ser votado diretamente no plenário na próxima semana, sem necessidade de aval da comissão especial, onde atualmente está em discussão.

 

Este é um golpe duro a todos nós brasileiros! Não podemos nos calar diante dessa manobra neoliberal. Todos unidos na greve geral de 28 de abril contra a retirada de direitos trabalhistas e contra o desmonte da previdência!