Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas
de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas
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A campanha salarial de 2017 para o ACT 2017/18 depois de quase 19 anos de negociações pelas quais conseguimos construir o melhor acordo coletivo dentre todas as empresas do setor, chegou ao limite da aprovação de Indicativo de Greve dia 4/12 em São Paulo e outros estados que seguiram a orientação nacional de realizar suas assembleias para rejeitar a proposta anterior, até a sexta passada, dia 24/11.

De fato, nestes locais, a proposta anterior da empresa foi rejeitada por unanimidade, desde os postos administrativos até a rede e lojas.

Em São Paulo, por exemplo, dos mais de 3000 empregados que participaram, 2997 REJEITARAM e apenas 25 votaram pela aprovação. Além disso o presidente da FENATTEL e SINTETEL recorreu á UNI com quem a Telefônica assina um Acordo Marco Global de boas relações e boas práticas e mostrou que a linha adotada pela empresa no Brasil, contrariava esses princípios.

A VIVO fatura R$ 4,8 Bi por ano e acumulou em 19 anos na sua operação Brasil, um patrimônio de R$ 153 bilhões de dólares, graças ao empenho e comprometimento de tosos seus empregados.

Foi a hora de cobrarmos uma pequena parte desta conta e sempre partimos do princípio que as relações de trabalho mais evoluídas devem ter como base, coparticipação, distribuição justa da renda gerada pelo trabalho e confiança entre a empresa, seus empregados e seus representantes.

Afinal, ação sindical serve para isso, para organizar, unir e proteger os assalariados ante a intenção do capital de obter lucro máximo.
A nova proposta, altera substancialmente a posição inicial da empresa, e recoloca as relações trabalhistas e sindicais em um patamar mínimo de respeito.

 Os empregados da VIVO em S.P. e nos demais estados que rejeitaram em massa a proposta anterior estão de parabéns, mostramos na prática a força da unidade e o papel que um sindicato atuante cumpre nos momentos decisivos.

Novas assembleias nas bases estão convocadas e devem acontecer a partir do dia 4 de dezembro, (data indicativa da greve anteriormente convocada), logo no início previsto da jornada. No caso de rejeição, a paralização seria ato contínuo.

Confira principais itens da nova proposta

1-    Abono compensatório passa de 35% para 40% com valor mínimo de R$ 1.000,00 (o que beneficia amplamente cerca de 60% dos empregados), ou seja, 19300 empregados. Destes uma parcela expressiva receberá o equivalente a quase um salário mensal a mais.

2-    Correção dos salários nominais em 1,73% em agosto de 2018, antes da próxima data base, de modo que a nova negociação se dá sem a perda do INPC acumulado de 2017

3-    Auxilio alimentação nos maiores salários de acordo com INPC e nos menores salários em 2,5% ou seja 145% do INPC

4-    Correção dos demais benefícios em 2% a partir de setembro 2017

5-    Correção do auxílio quilometragem em 2% a partir de janeiro 2018

6-    Para pessoal de campo: Correção da Cesta Básica em 1,73% a partir de janeiro 2018

7-    A) Target da PPR 2018 indo de 1,84 salários para meta mínima – 2,30 salários para meta e até 2,87 salários para superação da meta para adm, lojas e quem não recebe PIV

B) para quem recebe PIV (incentivo em vendas) varia de 0,84 salários a 1,31 salários

8-    Para 2019 a PPR irá variar de 1,92 a 3 salários e no PIV de 0,88 a 1,37

9-    Garantia de todas as demais conquistas

Fruto desta ação coletiva e de uma luta que está sendo vitoriosa considerando a realidade brasileira, política e social, entendemos que é justa e necessária como decorrência desta mudança da atitude da empresa que a categoria aprove ainda um valor como taxa de fortalecimento de organização sindical que coordenou em plano nacional  essa virada na atitude intransigente da empresa, manifestada nas seis rodadas anteriores.

 

Juntos somos mais Fortes!

 

 

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