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Na tarde do dia 07/11, após a reunião do GTI (Grupo de Trabalho Interministerial) de Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens, uma roda de escuta e diálogo sobre a Política e o Plano Nacional de Cuidados, com a companheira Rosane Silva - Secretária Executiva de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, do Ministério das Mulheres, que falou sobre o tema do cuidado ter um grande destaque na mídia nesta semana, após cair como redação e algumas outras questões na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além da companheira Rosane, tivemos na reunião uma coordenação conjunta com a Laís Abramo, Secretária Nacional de Cuidados e Família, no Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, que nos explicou os objetivos e a construção da Política Nacional de Cuidados, de garantir o direito ao cuidado a todas as pessoas que dele necessitem e trabalho decente para os profissionais da área são princípios que norteiam a missão da Secretaria, inédita na estrutura do Governo Federal.

“A gente considera que o cuidado deve ser entendido como um direito de todas as pessoas ao longo do seu ciclo de vida e também como um bem público” – disse Lais Abramo.

Houve vários desdobramentos de articulações realizadas desde o início do ano, e o GTI (Grupo de Trabalho Interministerial) foi lançado no fim de maio e envolve um total de 17 ministérios e três órgãos públicos. O grupo interministerial terá a missão de formular um diagnóstico sobre a organização social dos cuidados no Brasil, identificando as políticas, os programas e os serviços já existentes. E nós, mulheres trabalhadoras das centrais sindicais, fomos convidadas a participar do debate e construção, através do GTI de Igualdade Salarial.

“A Secretária Laís Abramo, colocou de forma clara, que o futuro das mudanças que queremos ver no Brasil, passa pelas novas gerações, então, por isso vimos um tema importantíssimo ser objeto de reflexão para a juventude, na prova do ENEM, mas não é só isso, os desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado, realizado por mulheres no Brasil, precisa ser pautado e o papel do Estado é fundamental.” – disse Maria Edna Medeiros, que emenda compartilhando um desafio:

Já tentou fazer as contas dos custos com os serviços domésticos e quanto você economiza?
Vamos valorizar quem está em suas casas cumprindo um papel importantíssimo com os cuidados?
 

Enquanto Centrais Sindicais precisamos colocar em pauta nas negociações coletivas as questões das discriminações no local de trabalho, inserir a política dos cuidados e também das creches em período integral, além da autonomia econômica e estratégias de emprego e aposentadoria.
“E reforçamos o debate sobre a ratificação da Convenção 156 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre as Responsabilidades Familiares Compartilhadas, além da Convenção 190, sobre eliminação da violência e o assédio no mundo do trabalho,  porque além de ratificar precisamos mudar a cultura e conscientizar a população, através de nossas categorias de representação sindical.” - finaliza Maria Edna Medeiros, Secretária Nacional da Mulher da Fenattel e Adjunta na Secretaria Nacional da Mulher da UGT.

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