História da Fenattel
A Fenattel é um órgão de coordenação das ações sindicais no setor de telecomunicações no país, fundada em 1948 é uma entidade sindical de segundo grau, que coordena a ação dos sindicatos da categoria, em 15 estados e um sindicato nacional. Nossos sindicatos têm história, tradição de lutas e conquistas.
Por isso mesmo, os sindicatos filiados à FENATTEL, unem e representam hoje mais de 620 mil trabalhadores no país. O trabalhador filiado ao Sindicato do seu estado se torna parte dessa história, e vai se beneficiar das conquistas, fruto da NOSSA UNIÃO.
Após um período de cerca de 20 anos, quando prevaleceu no Brasil uma divisão nesse âmbito de organização, com duas entidades disputando a direção sindical da categoria, de um lado a FENATTEL, legalizada e com personalidade jurídica para firmar acordos, receber contribuições e de outro lado uma associação interestadual, orgânica de uma das centrais, que judicialmente foi invalidade e impedida de atuar.
Agora, por conta dos resultados da ação sindical do SINTETEL em São Paulo e dos demais sindicatos filiados originalmente à FENATTEL, uma longa politica de aproximação e reunificação das organizações foi levada a cabo a partir de 2002 – em especial com a troca de experiências e de politicas de organização entre São Paulo e demais estados, para enfrentarmos a privatização e suas consequências.
Essa iniciativa frutificou e depois de anos propondo a realização de negociações e campanhas salariais unificadas com as principais operadoras de telecomunicações no país, em 2009, a FENATTEL ampliou consideravelmente seu campo de ação e recebeu a filiação de mais de 11 sindicatos ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Neste momento, seis sindicatos ligados à CUT retiram-se da Federação, em um processo que revela a desorientação de lideranças destas entidades após os danos da Reforma Trabalhista.
Hoje, a FENATEL continua a ser um paradigma na organização sindical unificada por categoria, nas bases, e congrega sindicatos filiados à diferentes centrais sindicais, mantendo relações sindicais com as diversas centrais, em torno de um programa democrático e de luta, aprovado no 4º. Congresso Nacional dos Trabalhadores em Telecom, batizado como Congresso da Reunificação e os respectivos sindicatos demandam em suas centrais a pauta unificada de ações estabelecida nas instancias da FENATTEL contribuindo assim para um novo estagio nas lutas e na organização dos trabalhadores, já que a velha divisão servia mais ao interesse das empresas.
A FENATTEL cuja categoria representada foi precursora de grandes conquistas sociais e trabalhistas depois convertidas em lei, como abono especial de férias (férias em dobro) depois incorporada com redução na Constituição de 1988 (adicional de 1/3 sobre as férias), abono de Natal em 1962 (depois introduzido na legislação como 13º. Salário para todos), aposentadoria especial para telefonistas (1963) depois reduzido por conta da politica do governo de FHC entre 1994 e 2002, hoje luta pela regulamentação profissional de varias funções e profissões envolvidas na atividade de telecomunicações, contra a precarização do trabalho – uma das consequências mais perversas da terceirização, que é usada no Brasil, ainda hoje, como fator de redução de custos, via dumping social, retirando direitos sociais de trabalhadores que realizam as mesmas funções, para os mesmos tomadores de serviços em diferentes localidades e ganham salários e benefícios diferentes sem justificativa.
Em 2011, a FENATTEL atingiu a representação no Brasil de 96% da categoria com a filiação recente dos sindicatos da BA, AL, RN na região Nordeste e de RO no Centro-Oeste/Norte.
Em 2018, 620 mil trabalhadores estão representados na plataforma de ação sindical coordenada pela FENATTEL em 15 estados.