Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas
de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas
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Na reunião do Acordo Coletivo ocorrida hoje, 29, a Vivo apresentou nova proposta. No último encontro, a empresa havia oferecido 6% de reajuste a partir de fevereiro de 2017. A nova proposta ridícula oferece 6,5% de reajuste sobre os pisos salariais, 6% para salários até R$1.156,20 e uma parcela fixa de R$75,15 nos para os demais salários, a partir de janeiro do próximo ano.

 

Parece piada de péssimo gosto. A maior operadora de telecom do Brasil insiste em oferecer migalhas aos trabalhadores. Nas negociações da data-base 2015, o INPC estava em 9,88% e a Vivo ofereceu reajuste nos salários de 7%, ou seja, abaixo da inflação, o que representou perda salarial de 2,62% naquele período.

 

Entre setembro de 2015 e agosto de 2016, o INPC registrado foi de 9,62%. A proposta da Vivo de apenas 6,5 de reajuste, bem abaixo da inflação atual, continuaria prejudicando o trabalhador. A perda salarial da negociação do ano passado juntamente com a inflação atual exigiria reajuste de 12,57%, em setembro, para recuperar o poder de compra dos salários.

 

Além disso, mantém a intenção de aumentar a jornada dos trabalhadores de campo, de 40h para 44 horas semanais, para que todos trabalhem aos sábados. A Comissão de Negociação da FENATTEL recusou a proposta e cobrou, mais uma vez, agilidade no processo negocial.

 

A próxima reunião do Acordo Coletivo ficou agendada para o dia 19 de outubro. Se a Vivo não propuser algo melhor, a FENATTEL não aceitará migalhas, partirá para a mobilização e o caso será levado ao judiciário. Nenhum direito a menos!

 

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