GVT aparece sem proposta,mas com cofre cheio
02/03/2015 | ----
A empresa como nos demais anos, tenta travar a negociação e pressiona empregados através de comunicado interno cheio de “meias verdades”...
Com R$ 22 bilhões a mais nos cofres, a GVT diz que não tem nada para os trabahadores?
As negociações para o Acordo Coletivo 2014/2015 dos trabalhadores da GVT conti- nuam, mas com avanços insignificantes. A proposta da empresa foi recusada pela co- missão de negociação na reunião realizada em 7 de outubro, em São Paulo.
A GVT ofereceu somente o INPC do período, ou seja, 6,35% nos salários para todos os trabalhadores, exceto para os cargos de auxiliar e instalador de LA, que teriam insignificantes 0,25% de aumento real. Para os benefícios repete-se o índice de 6,35%, exceto aluguel de carro, cujo reajuste pro- posto é ZERO.
Outra vez lembramos que a grande reivindicação dos trabalhadores de rede é o aumento no piso salarial, que hoje é menor do que o piso das empresas terceirizadas que prestam serviço para a GVT.
A Comissão de Negocição da FENATTEL sempre cobra essa questão da empresa, mas até agora nenhuma proposta de piso por função foi apresentada.
Em 2009 a GVT foi comprada por R$ 7,2 bilhões. Este ano, foi vendida por R$ 22 bilhões. Esse o lucro da francesa Vivendi e demais acionistas.
Sabe quem construiu essa riqueza? Foi você, trabalhador, que está todo dia na empresa fazendo a sua parte. E agora, na hora de reconhecer os responsáveis pelo crescimento da GVT, a empresa oferece ZERO de aumento real para a grande maioria de seus trabalhadores.
Com todo esse cenário positivo para a GVT você acha que a empresa não tem condições de oferecer um reajuste digno?
A proposta foi recusada. O Sindicato e os trabalhadores aguardam uma proposta digna de uma grande operadora como a GVT. A próxima reunião está agendada para 30 de outubro.
Venda para Vivo/Telefônica
A Comissão de Negociação aproveitou uma reunião com a Vivo/Telefônica para externar a preocupação dos trabalhadores da GVT com a possibilidade de haver terceirizações e demissões. Os Sindicatos enfatizam a impor- tância da garantia dos postos de trabalho atuais.
O diretor executivo de finanças da Vivo/Telefônica, Alberto Horcajo, disse que primeiro é necessário esperar a autorização dos órgãos competentes para confirmar a compra e que, atualmente, não existe nenhum projeto de terceirização ou dispensa de trabalhadores. A ideia, a princípio, é deixar a GVT como uma filial.
O presidente do Sintetel e da Fenattel, Almir Munhoz, agendou uma reunião com o pre-sidente da Vivo/Telefônica para conversar sobre a compra da GVT, os planos de mudanças e o futuro dos trabalhadores.
Nossas bandeiras de luta são:
*aumento real no salário 5%
*aumento real nos benefícios,
*cesta básica para todos,
*adequação dos pisos por função,
*extensão do auxílio creche para os pais