Convenção Nacional do teleatendimento vai a assembleias com pouco avanço
17/03/2017 | FENATTEL
Após diversas reuniões de negociação complexas, marcadas por protestos e árduo trabalho de articulação, chegou-se à proposta final para compor a CCT nacional 2017 de teleatendimento, que define os valores mínimos para a remuneração.
Um dos grandes debates e preocupação da Comissão da FENATTEL na mesa de negociações foi a não reposição do INPC. O piso salarial ficou em R$ 937,00, a ser pago a partir de Julho de 2017, garantindo obrigatoriamente a mudança do piso dos teleoperadores com base no novo salário mínimo deste ano.
O debate sobre o piso salarial já foi aberto e isso contribui para melhores condições no debate pró-elevação do piso dos teleoperadores para além do salário mínimo nas próximas negociações.
O vale refeição que estava sendo proposto zero de reajuste, será aplicado 4% sobre os valores praticados em 31/12/16, a partir de Julho/2017. O auxílio creche segue este mesmo reajuste.
Na proposta final, a data-base foi alterada para 1º julho, período em que a Comissão entende que evitará a pressão e a interrupção da negociação devido às festividades do final de ano, férias e carnaval.
Foram assegurados, ainda, compromissos de aspectos políticos de fundamental importância para a regulação e a proteção do trabalho no teleatendimento, como o avanço do PLC 12/2016 no Congresso Nacional, e a retomada da mesa tripartite no MTE.
A Comissão esteve munida de argumentos para realizar as discussões com seriedade. A proposta final não contempla 100% das reivindicações que fizemos aos patrões. Eles estiveram inflexíveis durante todo o processo. Mas, ainda assim, foi possível trazer questões importantes para a apreciação da categoria, que serão apresentadas em todos os estados nas assembleias, até 23 de março. Desta forma, será garantido o pagamento dos abonos na folha de março, caso a proposta seja aprovada.
