Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas
de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas
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Durante o Seminário de planejamento da nova diretoria eleita do Sintetel, ocorrido hoje (02), palestrantes debateram a conjuntura atual enfrentada pelo Brasil. A partir do conteúdo dos debates, os dirigentes definirão um plano de ação para os próximos quatro anos de mandato.

 

O analista político do DIAP, André Luís Santos, declarou que a reforma trabalhista foi uma tragédia anunciada.  Com um Congresso de maioria de membros na bancada empresarial, pulverizado partidariamente, liberal economicamente, extremamente conservador e atrasado nos direitos humanos, os direitos dos trabalhadores, sindicais e previdenciários estão sendo brutalmente atacados.

 

Neste cenário desfavorável para os trabalhadores, o desafio é permanecer firme na luta, unidos contra a retirada de direitos. Para André Luis, o trabalho de resistência deve estar baseado em três pilares: institucional, jurídico e sindical. “Será preciso um engajamento para mostrar a importância da atuação dos sindicatos na proteção dos trabalhadores nesse processo”, defendeu André.

 

Segundo José Silvestre, Coordenador de relações sindicais do DIEESE, as tramitações de projetos e reformas nunca tiveram tanta celeridade como está sendo feita pelo atual Congresso e o desmonte trabalhista serve uma agenda de desnacionalização da economia brasileira, com a redução dos custos do trabalho.

 

“O Sintetel é um dos raros exemplos de sindicato que, enfrentando tentativas dos empresários como a privatização, cresceu e se tornou um dos maiores sindicatos de telefônicos do mundo. Basta evidenciarmos e esclarecermos os problemas atuais, e o sindicato saberá como resolver”, declarou João Guilherme Vargas Netto, assessor sindical.

 

Segundo João Guilherme, estão em curso no Brasil diversos desmanches, como o desmanche do Estado brasileiro a serviço do mercado, das legislações (por meio da PEC dos gastos), agressão da soberania do Brasil, desmanche da proteção social (salário mínimo e INSS) e o desmanche da representação sindical que está em curso, de maneira ideológica, para bloquear a atuação sindical.

 

“Com a deforma, a limitação da atuação do sindicato será tão grande que nem mesmo a ditadura ousou, é o maior golpe que o movimento sindical já sofreu. É preciso resistir, reagrupar e reorganizar”, salientou João.

 

 

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