Trabalhadores de call center param a ACM

04/01/2018 | Hector Hungria da Silva

Greve na Tel Centro de Contatos chega ao segundo dia Os trabalhadores da Tel Centro de Contatos, grupo que atende ao serviço 135 da Previdência Social, permanecerão em greve. Essa foi a decisão anunciada durante a assembleia realizada na tarde de ontem (02) pelo Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações da Bahia – Sinttel Bahia, entidade que representa a categoria. Este é o segundo dia de paralisação dos trabalhadores que reivindicam a manutenção do piso salarial de um salário mínimo, conforme rege o contrato de trabalho de 180h assinado por eles durante a contratação, mas a empresa quer reduzir a carga horária laboral para 150h e os salários dos trabalhadores para R$ 780. O Sinttel Bahia tenta negociar com a empresa a manutenção do pagamento de um salário mínimo, mas a empresa se mantém irredutível, postura mantida, inclusive, durante as diversas reuniões e nas duas mediações realizadas no Ministério Público do Trabalho – MPT. “Enquanto buscamos um entendimento para resolvermos a questão sem prejuízos para os trabalhadores, a Tel quer impor a redução salarial, que traz problemas financeiros e previdenciários para categoria. Os trabalhadores não podem ter os seus salários reduzidos contra a vontade e o contrato de trabalho deles. Na última audiência no MPT fizemos três propostas, a empresa rejeitou todas e não ofereceu uma contraproposta, o que comprova que ela não quer negociar, mas impor”, destaca o dirigente sindical Gildomar Santana. Legalidade da greve O Sinttel Bahia seguiu todos os trâmites que asseguram a legalidade da greve. “Buscamos o entendimento com a empresa, mas como não houve acordo, seguimos todos os ritos legais para a realização da nossa greve. A empresa tenta judicializar a questão alegando ilegalidade da greve, mas a Justiça do Trabalho não teve esse entendimento, o que nos assegura o direito ao movimento paredista”, ressalta Marcos Pires, dirigente do Sinttel Bahia.