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Chegamos a 2021 com a terrível marca de uma mulher morta  pelo “parceiro” a cada 6 horas
 
O Brasil registrou 1.350 casos de feminicídio em 2020 - um a cada seis horas e meia, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O número é 0,7% maior comparado ao total de 2019. 
 
Os casos de homicídio motivado por questões de gênero subiram em 14 das 27 unidades federativas, de acordo com o relatório. Houve crescimento acentuado em Mato Grosso (57%), Roraima (44,6%), Mato Grosso do Sul (41,7%) e Pará (38,95). Em Rondônia, os feminicídios dobraram.
Não temos os dados de 2021 ainda, mas mesmo com uma diferença entre registros médicos e queixas em delegacias que caíram , por vários fatores,  é dado como certo o aumento ainda maior este ano. 
 
Entre os Estados, o Mato Grosso é o que tem a maior taxa de feminicídio, com 3,6 casos por 100 mil habitantes. Na situação inversa, o Distrito Federal é o responsável pelo melhor índice (0,4), seguido por Rio Grande do Norte (0,7), São Paulo (0,8), Amazonas (0,8) e Rio (0,9).
 
Três a cada quatro vítimas de feminicídio tinham entre 19 e 44 anos. A maioria (61,8%) era negra. Em geral, o agressor é uma pessoa conhecida: 81,5% dos assassinos eram companheiros ou ex-companheiros, enquanto 8,3% das mulheres foram mortas por outros parentes.
 
Ao contrário dos homicídios comuns, em que há maior prevalência de arma de fogo, as armas brancas foram mais usadas contra as mulheres. Em 55,1% das ocorrências, as mortes foram provocadas por facas, tesouras, canivetes ou instrumentos do tipo.
 
Ainda pelo mesmo levantamento, foram notificadas 230.160 agressões contra mulheres em um ano e este número é sub notificado, dadas as domensões do país e a ausência de uma política pública de atendimento e notificação; há casos em que a vitima simplesmente não consegue fazer o registro policial sem ter de passar por maiores constrangimentos, além da questão cultural de muitas vitimas voltarem atrás na representação, ou pela demora do M.P. em denunciar.
 
Apesar das reduções verificadas nos dados oficiais, haveria indícios de que o cenário de crimes contra mulheres se acentuou. Por exemplo: o número de ligações para o 190, que aciona a Polícia Militar, subiu 16,3% e chegou a 694.131 chamados por violência doméstica no ano passado, segundo a Agência Estado.
 
Por sua vez, as medidas protetivas de urgência também subiram 4,4% em 2020. Foram 294.440 decisões concedidas pela Justiça brasileira, ao todo, de acordo com o Fórum. 
 
Combater a violência de gênero (quando a vitima sofre abusos, ataques sexuais ou violência e morte, pelo fato de ser mulher)  não é tarefa só do Estado ou da Polícia. E nem pode ser reponsabilidade das vitimas ou das mulheres. Os Homens, deste país, precisam se conscientizar e assumir sua parcela, seja não cometendo esses crimes, seja ajudando a atender e a denunciar, seja interferindo sim diante de gritos de socorro das vitimas, suas vizinhas, ou parentes!. É mentira que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher. Essa cultura machista, violenta expõe as mulheres a enfrentarem sós seus agressores.
 
Na natureza, entre os ditos animais selvagens, “macho não bate e não mata fêmeas”.  Só os humanos tem essa conduta.  Na Psicanálise diz-se que o “lado feminino mal resolvido” deles é que briga com as mulheres. Ou como disse uma companheira revoltada com a quantidade de ocorrências crescente,  :-“ se não gosta de mulher como ela é, assuma-se, saia do armário, e case com outro homem”, claro que  essa frase soa mais como um desabafo... mas fica a dica! Homem que bate em mulher não é homem. Vamos todos assumir a missão de acabar com o feminicídio e coibir mais duramente a violência de gênero nesse país que retornou ao tempo das trevas nestes últimos anos.

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