A Rede de Mulheres UNI Brasil promove a 12ª Oficina de Formação
08/11/2024 | Fenattel
A Rede de Mulheres UNI Brasil promove a 12ª Oficina de Formação
Nesta semana, realizamos a 12ª Oficina de Formação da Rede de Mulheres UNI Brasil, na Colônia de Férias dos Sindicatos dos Comerciários de São Paulo, na cidade de Praia Grande/SP, com o tema: “Mulheres Avançando nos Espaços de Poder e Decisão”.
Essa nova etapa de formação promove o fortalecimento da presença feminina em posições de liderança, além de abordar temas essenciais como saúde, participação, sindicalização, negociação coletiva com igualdade, diversidade e inclusão. O encontro, organizado pelas entidades filiadas à UNI Américas, reuniu mulheres, homens e jovens lideranças sindicais de várias entidades parceiras da rede no Brasil.
Além de reunir mulheres de todo o país e de diversas categorias filiadas ao sindicato global UNI Global Union, um de nossos compromissos é ampliar a participação de mais entidades dos setores de comércio e serviços no Brasil.
O primeiro dia de atividades focou na juventude, com painéis sobre saúde mental, diversidade e também uma oficina sobre nutrição e saúde. No segundo dia, iniciamos a etapa de formação com as mulheres, abordando saúde mental e o cuidado, além de debater sobre mulheres nos espaços de poder e decisão.
No último dia, realizamos atividades voltadas para a formação sindical, negociação coletiva e sindicalização, com palestras promovidas pelo DIEESE.
"Além de promover formação e ampliar a visão de nossas representantes sindicais, nosso compromisso enquanto FENATTEL é trazer mais mulheres para a categoria e para o movimento sindical", afirma Maria Edna Medeiros, secretária nacional da mulher da Fenattel.
Cristiane do Nascimento, diretora da Fenattel e do Sintetel SP, destacou a importância de oficinas de formação como esta: "Precisamos capacitar mais mulheres e homens, principalmente no combate às desigualdades, e continuar na luta por melhores condições de trabalho, assim como eliminar qualquer forma de violência nos locais de trabalho e na sociedade em geral."
Tivemos a participação de várias companheiras da Fenattel e do Sintetel SP.
"Precisamos mostrar aos trabalhadores(as) a importância do acordo coletivo e da força da negociação coletiva mediante a associação. Levar conhecimento e adicionar cláusulas inclusivas é fundamental. Devemos ajudar todos e todas a entenderem que as negociações coletivas não são somente sobre salários. É necessário ampliar a visão e humanizar o olhar negocial sobre os cuidados, que muitas vezes recaem exclusivamente sobre as mulheres. Todo processo negocial é difícil, mas precisamos nos impor e lembrar que todos necessitam de qualidade de vida no trabalho.
Quando falamos sobre sororidade feminina, devemos também eliminar o machismo feminino, que ainda é latente em nossa sociedade. Mulheres, unam-se para acabar com o machismo, a misoginia e o patriarcado."
Já pela Fenattel, nossas representantes de Santa Catarina destacaram o tema da saúde mental da mulher e a importância do autocuidado. "Discutimos dificuldades e resistências encontradas nas mesas de negociação, como a inclusão de cláusulas econômicas e inclusivas. Achei muito relevante a fala de uma companheira sobre incluir cláusulas específicas para mulheres 40+, que enfrentam dificuldades para conseguir ou manter um emprego. Esses encontros são essenciais para discutirmos pautas importantes", disse Barbara Cunha.
Nossa representante da área técnica de telecomunicações, Alessandra Granella, afirmou: "Entender as adversidades é algo libertador. Precisamos eliminar os tabus sobre o papel da mulher, que não deve estar restrita ao lar. Podemos mostrar ao mundo e à sociedade que temos a mesma capacidade. Tudo o que vimos nesses dias foi enriquecedor para aplicarmos no dia a dia da representação sindical. Trabalhei em campo como home connect e enfrentei preconceitos de colegas, superiores e até de 'clientes' e esposas de companheiros de trabalho.
Existem mulheres que nos inspiram, e esse congresso foi valioso, encorajando e orientando como podemos nos unir e conquistar mais espaço. Aprendi a importância de estar preparada para uma mesa de negociações, com argumentos e conhecimentos para alcançar bons resultados."
Para Gisele Benthien, "é essencial participar de espaços voltados às mulheres. Precisamos cada vez mais levantar a bandeira da saúde emocional, da ocupação de espaços de decisão e de lugares nas mesas de negociação. Ninguém melhor do que as mulheres para defender os direitos das mulheres. É fundamental incluir cláusulas que garantam conforto e segurança para nossa classe."
Erica, do Sinttel/GO, complementou: "A negociação é uma ferramenta para garantir direitos e reduzir desigualdades. A participação de mulheres em cargos de poder fortalece a democracia, mas, mesmo quando conquistam altos cargos, elas ainda enfrentam preconceitos e dificuldades."